Contos 5.ºA - Profª Rute Almeida

A PRINCESA SEM PRÍNCIPE

Há muito tempo numa floresta encantada havia uma princesa sem príncipe, sem castelo sem nada. Era uma princesa porque tinha a sua coroa de ouro. Vivera sempre sozinha pois naquela floresta só havia sinal de arbustos, árvores e relva. A princesa lá se desenrascava tomando banho no rio, alimentava-se das bagas dos arbustos e entretinha-se a fazer desenhos na terra com os paus.

Um dia a princesa abriu os olhos e disse para sim mesma:

- Eu não sou uma princesa!!! Não posso ser chamada princesa só por causa da minha coroa! Eu tenho de ter um príncipe e com ele viver num grande palácio e assim já serei uma bela princesa!

A princesa procurou a saída da floresta e lá foi ela pela rua fora. Ela não sabia a mínima ideia onde ia encontrar um príncipe. Estava perdida e não conhecia o mundo lá fora. De repente aproximou-se uma menina de cabelos ruivos e olhos azuis e diz-lhe:

- Precisas dessa coroa? Dás-me? Não tenho nada valioso. Encontrei estes fósforos na rua e ando a tentar vendê-los para conseguir comprar alguma comida.

- Desculpa, mas quero tornar-me numa princesa mas falta-me um palácio e um príncipe – lamentou a princesa.

- Eu percebo, e posso ajudar-te. Na Rua das Flores há um palácio. O maior e mais belo palácio do mundo. Lá há um príncipe que vive com as suas criadas e não tem princesa. Tu darias uma bela princesa – disse a menina.

- Então, leva-me até lá! - pediu a princesa.

- Eu levo, mas para isso vais ter de andar muito – avisou a menina.

Lá foram as duas meninas, chegando ao passeio de doces, seguindo pela floresta aterradora e , finalmente, chegando aos vulcões de lava… Os vulcões explodiam e as duas quase eram apanhadas pela lava quente.

- Finalmente chegámos ao palácio. Lá dentro está o teu príncipe – disse a menina.

O palácio era azul com diamantes vermelhos e por dentro era dourado. A menina e a princesa entraram sem ninguém ver e foram à procura do príncipe. A menina procurou nas noventa cozinhas e nas oitenta salas de estar e a princesa procurou nos duzentos e cinquenta quartos e no último quarto que viu lá estava o príncipe a dormir. A princesa entrou e o príncipe acordou olhando para a princesa. Imediatamente se aproximou e a princesa achava que era o príncipe mais bonito que tinha visto. Assim a princesa ficou no palácio e a menina lá voltou à sua vida na rua a vender fósforos. A princesa e o príncipe viveram muito felizes e ainda casaram só que chegou um dia em que aconteceu um desastre. A princesa andava à procura do príncipe no quarto dele mas não havia sinal. Reparou na janela aberta e espreitou, mas só viu muito fumo preto. Aflita revistou todo o palácio mais as empregadas e não houve sinal dele.

- Vocês não são poucas! O príncipe tem de estar no palácio e vocês vão rever o palácio todo de novo enquanto eu vou procurá-lo na rua! – ordenou a princesa.

A princesa foi procurar ajuda à menina e encontrou-a perto do palácio. Tinha acabado de vender o seu primeiro fósforo por um euro.

- Tu tens de me ajudar! O meu príncipe desapareceu e eu tenho de encontrá-lo! – pediu a princesa.

- Reparaste em fumo preto? – perguntou a menina.

- Sim. Cá fora ao pé da janela do quarto do príncipe – respondeu a princesa.

- Esse fumo é da bruxa. Quando se evapora, deixa um rasto de fumo preto. Parece-me que a bruxa raptou o teu príncipe – afirmou a menina.

- E agora onde é que ela está? – interrogou a princesa  aflita.

- No seu castelo, claro! E o seu príncipe deve lá estar também. Eu levo-te ao castelo dela, que não fica muito longe daqui – respondeu a menina.

As duas nem chegaram a andar um quilómetro, noventa metros depois já estavam à porta do castelo. Entraram pela janela do quarto onde estava o príncipe, ele estava preso com teias de aranha, mas rapidamente as cortaram e saíram dali com ele pela janela. Voltaram para o castelo e a princesa estava tão feliz que se lembrou da menina que ia voltar a vender fósforos.

- Aqui tens a minha coroa de ouro. Com ouro poderás comprar tudo o que quiseres.

- Obrigada, princesa – agradeceu a menina muito contente.

A partir daquele dia, a princesa e o príncipe nunca mais se separaram. Faziam tudo juntos com receio que um deles fosse raptado. E assim sem raptos, a princesa e o príncipe viveram felizes para sempre.

Margarida Aragão

A princesa e o príncipe

            Há muito tempo, uma bela princesa andava à procura do seu amor numa floresta cheia de lindas flores.

            Ela procurou, procurou e nada, nem sinal de um príncipe a cavalo como imaginara. Entretanto, tinha ficado de noite, já as corujas piavam na noite sombria e, nesse mesmo instante, apareceu um homem vestido de preto, que arrastou a princesa, para uma caverna fria.

            A rapariga, assustada, ficou lá durante a noite, mas quando amanheceu, ela gritou o mais alto que podia, para pedir ajuda. Depois de gritar algum tempo, apareceu uma linda menina, muito pequenina, que disse que iria buscar um príncipe que estava ali perto.

            A criança foi e lá voltou com o príncipe, bonito e muito alto, que a soltou daquele buraco escuro. A princesa ficou muito agradecida com o feito da criança, que não só lhe trouxera o príncipe para a salvar, a guiara ao príncipe que ela tanto procurava.

            O príncipe tinha-se apaixonado por ela e ela por ele, casaram e foram muito felizes para todo o sempre.

Juliana Panão