domingo, 7 de junho de 2015

O texto narrativo - 5º E Profª Paula Antunes


O Cavaleiro da Floresta Assombrada

   Há muito, muito tempo, num bosque distante, andava um cavaleiro montado no seu cavalo branco com os seus cabelos loiros e lisos, esvoaçando ao vento,  à procura de um tesouro que valia mais que o seu próprio castelo. Passou por pontes, rios, riachos e montanhas até chegar a uma pequena aldeia, onde encontrou um lenhador e lhe perguntou:
   - Senhor, sabe onde fica a floresta assombrada?
   - Claro que sei, senhoria, ande, sempre em frente, mais oito quilómetros e chegará ao seu destino.
   O cavaleiro, quando chegou à floresta assombrada, apenas via esqueletos. Engoliu em seco. Nunca tinha sentido tanto pavor, nem mesmo nas mais difíceis batalhas, lutando ferozmente com o mais temível dos inimigos. Ao longe avistou um brilho dourado e ofuscante. Enchendo o peito de ar, arranjou toda a coragem do mundo e entrou na floresta. Qual não foi o seu espanto, quando se deparou com uma velha arca de madeira enegrecida mas com umas ferragens que cintilavam com o luar. O cavaleiro desceu do seu cavalo e ao agarrar o tão desejado tesouro ouviu uma voz:
   - Largue o meu tesouro!!
   - Quem és tu? - perguntou o cavaleiro.
   - Eu, a floresta! 
   Enquanto isto, uma espada cai em cima da cabeça do cavalo. E o cavaleiro, com toda a sua valentia e ousadia, gritou:
   - Meu demónio, não me tentes destruir!!
   A voz ecoava numa forte gargalhada e começaram a aparecer muralhas e o céu começou a encolher.
   Mas o cavaleiro não desistia e gritava:
   - Tu não me derrotas, floresta!!
   - Quanto é que apostas?
   Num ápice, as muralhas desapareceram e surgiu uma onda gigante e um tremor de terra. O  corajoso cavaleiro ao olhar para o céu viu um gigante vulcão em erupção. Começou a correr e escondeu-se numa gruta, onde encontrou uma imagem estranha, envolta numa neblina multicolorida que emitia a tal voz. O cavaleiro retirou a sua espada e ao apontá-la para a figura com que se deparava, esta desapareceu e a floresta que era escura e horrenda passou a receber a luz do sol, tornando-se numa floresta brilhante, cheia de vida.
   O cavaleiro agarrou no tesouro e abalou para o seu castelo, casou com a mais linda mulher do seu reino e foi feliz para sempre.

 Pedro Teixeira, nº15

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